Páginas

LIMA-PERU

Fui ao Peru em outubro de 2003 com o objetivo principal de conhecer Machu Picchu, para isso necessariamente tive que ir por Lima e Cuzco, o que revelou-se muito agradável.

Em Lima fui muito bem recebida por guias locais que me mostraram a cidade rapidamente, uma vez que o meu destino principal era Machu Picchu.


Lima, no primeiro momento não me agradou. A ida do aeroporto ao Hotel foi desanimadora. Naquela época o trajeto me pareceu feio e pobre. Mas depois vi que a cidade não é um simples caminho para Cuzco e lamentei não ter programado mais tempo para ela.


Minha passagem por Lima foi muito rápida, razão pela qual não me atrevo a tecer maiores comentários, mas, à despeito da primeira impressão, ela é bonita e um dia voltarei para conhecê-la melhor, até porque, descobri depois que a culinária peruana é uma das melhores do mundo e em setembro tem um festival gastronômico denominado “Mistura”. Isso eu não sabia naquela ocasião.


Lima é a maior e mais populosa cidade do Peru e está situada na Costa Central, às margens do Oceano Pacífico. Tem cerca de 9,2 milhões de habitantes e é o centro da economia e política do Peru.


O Centro histórico foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1988.


A cidade possui inúmeros museus e galerias de arte e se esforça para ser reconhecida como líder na oferta cultural da América do Sul. Tem também um festival de cinema denominado Festival de Cinema de Lima,


Já no primeiro contato o povo peruano me causou uma excelente impressão. As pessoas me pareceram humildes, acolhedoras, hospitaleiras, preocupadas com a minha segurança e bem estar. O fato de ser mulher e estar viajando sozinha, fez com que me dedicassem um cuidado especial e assim senti-me bastante amparada, protegida e acolhida carinhosamente por todos. Essa sensação, confirmada depois por toda a viagem, eu nunca esqueci.


O tempo curto na cidade me permitiu apenas conhecer o seguinte:

RUAS E PRAÇAS


CENTRO HISTÓRICO
CATEDRAL E PLAZA MAYOR
PLAZA DE ARMAS
ESTACIÓN DE LOS DESAMPARADOS


De Lima segui para Cuzco e Machu Picchu, que serão objeto das próximas postagens...


BARBADOS-CARIBE


A nossa curiosidade em conhecer as ilhas do Caribe nos levou a esse paraíso caribenho. Descobrimos um pacote legal oferecido pela Flot Operadora Turística(www.flot.com.br), para passar uma semana na ilha.

Para Barbados a Gol vai e volta somente no sábado. Por isso o pacote é de uma semana. Saímos de Guarulhos-SP no  vôo Gol 7640 às 16:35h e chegamos lá às 20:15h. Voltamos no sábado seguinte no vôo Gol 7641 às 21:00h e chegamos em Guarulhos-SP às 04:35h. Fomos em novembro de 2010.

Barbados é uma Ilha situada no Oceano Atlântico na qual fica o país mais oriente do Caribe. Foi descoberta pelos espanhóis em 1492, caiu no domínio britânico em 1625 e permaneceu como colônia até 1966, quando se tornou independente politicamente; a língua oficial é o inglês; 90% da população é composta por negros e 10% por asiáticos, mestiços e brancos; a religião majoritária é protestante; a moeda oficial é o dólar barbadiano; tem clima tropical e a época das chuvas é de junho a Outubro; é uma monarquia constitucional cuja rainha Izabel II  é representada pelo chefe de governo o Primeiro Ministro Freundel Stuart; sua capital é a cidade de Bridgetown, cujo centro é agitado pelo comércio e tem como destaque a ponte, o Parlamento e a linda vista da marina: 



 



Ficamos no Hotel Cocconut Court Beach, que não é dos melhores. É simples, não tem elevadorese tivemos que carregar as malas até o quarto, no terceiro andar (por isso não o recomendo), mas fica à beira mar, tem quarto agradável  e com vista para essa linda praia:  






Já no primeiro dia nos entrosamos facilmente com um grupo de brasileiros que chegou conosco em Barbados, no dia 20/11/10 no vôo da Gol, e assim a viagem se tornou muito mais agradável. Alguns ficaram no nosso hotel e outros se hospedaram pelas redondezas, mas sempre nos encontrávamos nos passeios, festas e praias da ilha. Alguns encontros foram combinados, outros casuais, afinal a ilha é pequena.

Espalhados pela orla existem muitos restaurantes bonitos, aconchegantes e convidativos dos quais conhecemos e recomendo o Restaurante Tapas(www.tapasbarbados.com), de ambiente elegante, situado à beira mar com excelente cozinha contemporânea italiana, e o Bellini's Tratoria(www.bellinisbarbados.com), aconchegante e com vista encantadora do mar caribenho. Em ambos é melhor reservar. Lá também tem o Paulo's Churrasco do Brasil, que parece muito bom , mas não o conheci.

Dos vários passeios que nos ofereceram no primeiro dia, não recomendo o Jeep Safari porque nos pareceu cansativo e desconfortável. Foi mais econômico, agradável e divertido irmos em grupo, com taxi alugado contornando a Ilha. Mas recomendo os seguintes:

Harrisons Cave Barbados. Visita organizada à caverna que é bonita, com estrutura moderna e interessante:  






Passeio marítimo com o Tiami Catamaran, durante o dia, com almoço incluido e mergulho no mar de águas mornas e transparentes:





Oistin's Fish Market, point badalado da sexta feira, onde o povo e os turistas circulam, compram artesanatos, bebem e  saboreiam o famoso Flying Fish no Fish Net Grill do George, a mais famosa barraca de peixe do local:







Harbor Lights Beach Extravaganza, jantar(Flying Fish) e show na praia, sob a luz da lua.

O interessante é que o Flying Fish é um tipo de peixe que consta no cardápio de todos os restaurantes da Ilha, de forma que quando perguntávamos a sugestão ao garçon, sempre ouvíamos a mesma resposta: Flying Fish!


No final contratamos um carro grande e fizemos um divertido tour contornando toda a ilha. Foi muito legal!

 

                                                          









Barbados não é uma ilha sofisticada e no princípio até pensamos que uma semana seria tempo demais, mas foi o suficiente.
Sugiro que vá com uma boa companhia para  aproveitar os restaurantes romanticos e as praias tranquilas ou com um grupo animado para curtir os passeios e festas noturnas, mas também é uma boa para quem gosta de pegar o sol da manhã, almoçar no hotel e ler um bom livro tomando água de côco à sombra de um coqueiro, diante de uma paisagem lindíssima.



Com certeza ninguém sai de lá estressado ou insatisfeito...

 


LENÇÓIS MARANHENSES-MARANHÃO-BRASIL

Os Lençóis Maranhenses são uma área de 155 mil hectares, com dunas de até 40 metros de altura, areias brancas e lagoas de águas transparentes, azuis ou verdes, com praias desertas e aves migratórias, situado no litoral do Maranhão, Brasil.  

A vista aérea do avião nos dá uma idéia da imensidão do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e explica o porquê de sua denominação, pois parece uma cama gigantesca com seus alvos lençóis ondulados e convidativos.    




De São Luis-MA para os Lençóis, fomos de carro até Barreirinhas. O percurso tem cerca de 270 km e dura aproximadamente 4 horas em estrada asfaltada, seguindo pela BR 135 até Rosário, depois pela BR 402, MA 110 e MA 235 até Barreirinhas. A estrada não é muito boa, mas não é perigosa. Há ainda a opção de ir em excursão contratada no hotel ou em agência, pelo custo de R$ 150,00, por pessoa.


Para quem está em grupo independente é muito mais econômico ir de carro, porque o custo do transporte e combustível é divido entre o grupo e cada um só paga a mais R$ 51,50 pelo transporte de Barreirinhas para os Lençóis. Além do mais, quem vai com excursão sai de 5:00h do hotel e só retorna às 23:00h, o que torna a viagem mais cansativa.
 
Para quem quer ir de carro e voltar no mesmo dia o ideal é levar comida para o percurso até Barreirinhas, lanche energético para as dunas(lá não tem estrutura nenhuma) e ganhar tempo sem parada para almoço. Assim, é possível sair mais tarde e retornar mais cedo.
 
De Barreirinhas saem grupos para os Lençóis às 10:00h e às 14:00h, organizados pela COOPTUR, Cooperativa que leva os turistas para conhecer os Lençóis de forma organizada e responsável.  Afinal, é preciso ter muita perícia para chegar até lá, pois é uma travessia de 15 km e cerca de 50 minutos até onde é possível ir de Jeep ou utilitário, com tração nas quatro rodas.


 
Travessia de balsa





Rio Preguiça, onde também é feito um passeio de barco.










O percurso é difícil e só é possível ir de carro 4x4, apropriado para atravessar os manguezais e areais. A travessia é demorada, sacoleja muito, mas é muito divertida e vale à pena, porque é o único meio terrestre de chegar ao ponto onde começam as imensas dunas e suas lindas lagoas de incríveis águas cristalinas que formam os Lençóis. Depois, só caminhando.







Travessia no areial

                                   Travessia no manguezal

Pagamos pelo transporte de Barreinhas até os Lençóis o valor de R$ 50,00 mais uma taxa de preservação de R$ 1,50, por pessoa. Esse custo se revela justo, diante do serviço prestado.


Barreirinhas é uma cidade muito pequena, mas não tivemos tempo de conhecê-la, porque chegamos depois das onze horas e tivemos que formar um grupo independente, pois perdemos o que sai às 10:00h. Assim, não tivemos tempo sequer para almoçar, mas ir nesse horário foi melhor, porque chegamos aos Lençóis quando todos estavam saindo e saímos quando os outros estavam chegando. Assim, nosso passeio  foi bem mais tranqüilo. Normalmente o fretamento exclusivo para grupo independente com menos de sete pessoas custa R$ 350,00.


No caminho para os Lençóis caiu uma forte e rápida chuva e tivemos que proteger documentos e câmeras porque o carro é aberto e a chuva forte molhava tudo e todos. Isso tornou ainda mais divertida a nossa aventura e mais fresco o nosso passeio nas dunas, uma vez que o sol abriu ameno e a areia estava fria e menos fofa, facilitando o caminhar.

Fomos felizes também na escolha da data, junho/11, porque o melhor período para se conhecer os Lençóis é de maio a setembro, depois do inverno, quando as lagoas estão cheias e mais bonito o visual. A partir de junho chove menos e é melhor.


Nós tivemos sorte porque nosso passeio pelas dunas foi muito agradável, com sol lindo e ameno, de forma que caminhamos muito, mas tranquilamente, sem sofrimento, sem calor forte,  e ainda tomando banho nas muitas lagoas de águas limpas e transparentes que encontramos pelo percurso.


Conhecemos as Lagoas da Preguiça, Azul, Esmeralda e do Peixe, mas milhões de outras existem e certamente são inacessíveis, porque dos 155 mil hectares só vimos o que foi possível caminhar em 2 horas e, no final, quando pensávamos que vimos muito, concluímos que não vimos quase nada!
Mas esse era um mistério a desvendar e a Turma estava disposta...




Mas fomos distraídos pela paisagem paradisíaca...


Pelo convite à meditação...




Pelo chamado para contemplar...



                   
Pelo silêncio daquela imensidão...



Pelas maravilhas daquele lugar...


A aventura do caminho, a beleza da paisagem, a imensidão das dunas e o mergulho nas lagoas fazem dos Lençóis uma viagem sensacional.


E inesquecível!





Pena que não fizemos um passeio de avião monomotor, porque certamente a vista dos Lençóis a pouca altura do solo deve ser deslumbrante!

SÃO LUIS-MARANHÃO-BRASIL

 
São Luis, capital do Estado do Maranhão, situado na região Norte do Brasil, foi fundada pelos  franceses em 1612, mas tem forte influência portuguesa, principalmente na arquitetura. Tombada pela UNESCO, em como atração folclórica principal o Bumba-Meu-Boi, festejado em junho e julho. Recebeu o título de Jamaica Brasileira porque tem o reggae como rítmo oficial das rádios.
 
Viajamos para São Luis-MA saindo de Recife, pela TAM. O tempo de voo é de cerca de duas horas e meia, mas ficou mais demorado por causa da conexão em Fortaleza, que estendeu a viagem por mais de 6 horas.
 
O Aeroporto Cunha Machado, em Sao Luis é pequeno e feio. Dizem que está em reforma, mas na verdade aparenta aeroporto de cidade pequena, inclusive no que diz respeito aos procedimentos, já que alguns serviços só funcionam em horários específicos, depois das 9:00h.
 
Reservamos o hotel Litorânea Praia Hotel com indicação de 4 estrelas, mas não correspondeu à expectativa. A localização é boa, os quartos são grandes, tem estacionamento e bom atendimento, mas é pequeno. O café da manhã é simples não tem piscina, secador e outros atrativos próprios de um hotel de padrão 4 estrelas. O problema é a classificação que não corresponde.
 
O centro histórico de São Luis é lindo!

                                 
 
As casinhas coloridas, o toque dos azulejos portugueses, as ladeiras serpenteando subindo, descendo e se cruzando; as pessoas caminhando nas ruas de mãos dadas, ou buscando o melhor ângulo ou a melhor pose para ilustrar a foto, disputando os diversos pontos de interesses, lhe dão um ar de tarde festiva de cidade do interior.




As bandeirinhas tremulando, vestindo a cidade para as festas juninas conferem uma aparência jovial a uma cidade nada juvenil. 
 


É lamentável, mas toda essa beleza original está esquecida pelos governantes da cidade e do Estado. Os casarios antigos estão abandonados.

O sítio histórico que deveria estar preservado, bem cuidado de forma a agradar o turista, o deixa revoltado com tanto descaso. Nem parece que o Estado é terra natal de um político tão influente, atual Presidente do Senado e um dos ex-presidentes do país.

Do outro lado do Rio Anil a Av. Litorânea que leva às praias de São Marcos, do Calhau e do Caolho,  é um convite para um passeio de carro, umas pedaladas ou simplesmente uma caminhada à beira mar e depois para  bebericar algo em um dos quiosques ou bares existentes na orla.



O por do sol, visto de Ponta D'Areia, é deslumbrante!


Recomendo um tour noturno pelo Centro Histórico, para apreciar a iluminação bucólica do Restaurante Senac, Forum, palácio dos Leões, etc.

 





A Lagoa Jansen concorre com a Avenida Litorânea nos restaurantes, hoteis e point de lazer. Foi lá, no Arraial Polo da Lagoa, que curtimos os festejos juninos e vimos as apresentações do Boi Encanto do Olho D'Água, Boi de Caroatá e Boi da Fé em Deus. Uma linda festa!


 
A Avenida dos Holandeses, outra importante via da cidade, leva às  Praias do Meio, Araçagi, onde se pode entrar com o carro e estacioná-lo ao lado do guarda sol na areia.

 
Além de Araçagi fica a Raposa, pitoresco local onde a simplicidade das palafitas serve aos pescadores e à venda de produtos artesanais para os turistas que vão para lá atraídos pela travessia para as dunas e passeio de barco pelos rios e manguesais. A praia não é bonita, mas é diferente e vale conhecer.  
 
Quanto à comida, me encantei com os vários tipos de arroz, em especial o arroz de cuxá do Restaurante Cabana do Sol:
 
E o arroz de Limão que acompanha o Peixe Pargo do Restaurante Maracangalha:
 
Surpreendentemente os preços dos pratos com frutos do mar são caros em relação aos dos demais Estados do Nordeste.
 
O Dôce de Espécie, típico local, é delicioso! É feito com côco e lembra a queijadinha pernambucana, sendo que difere no formato e na massa, que é bem crocante.
 
O Guaraná Jesus, bebida famosa da cidade, tem cor rosada e gosto de tutti frutti. É gostoso!
 
Enfim, a dica para comer é:
 
Restaurante Cabana do Sol, na Avenida Litorânea. Tem o melhor Arroz de Cuxá, mas o camarão na moranga decepcionou, pelo preço, quantidade de camarão, e sabor.
 
Restaurante Maracangalha, Rua Mearim, Q3, 120. Entra à direita em um posto de combustível na Avenida dos Holandeses. Tem um delicioso e grande Peixe Pargo, servido com maravilhoso arroz de limão. O camarão à Dorê servido com arroz de carangueijo é melhor do que o Camarão na Moranga servido na Cabana do Sol.
 
Restaurante Feijão de Corda, na Av. Litorânea, onde tem pratos nordestinos bem servidos e bons, com destaque para o Arrumadinho de Carne de Sol.



Mas, ir a São Luis e não ir aos Lençóis Maranhenses é, segundo diriam os católicos, como ir a Roma e não ver o Papa. E nós não cometemos esse pecado. Veja na próxima postagem...